Otite média (OM) é uma das causas mais comuns de atendimento médico na infância. De acordo com o otorrinolaringologista, Ivan Machado, aproximadamente 60% de todas as crianças de um ano de idade terão tido um episódio de otite média aguda (OMA).
Segundo o médico, o principal pico de incidência de OMA é entre 6 e 11 meses de idade; com um segundo pico entre 4 e 5 anos de idade. Entre os fatores de risco estão, o baixo nível socioeconômico, infecções de vias aéreas superiores (sinusite), poluentes ambientais como a fumaça do cigarro. “O aleitamento materno é fator protetor em relação à OM (imunoglobulinas do leite materno), diminuindo o risco de OMA no primeiro ano de idade”, relata.
O especialista explica que entre os sintomas está uma secreção vinda do conduto auditivo externo, muitas vezes purulenta, podendo estar associada à dor e febre.
“A maioria dos casos é solucionada com antibióticos prescritos pelo médico, porém alguns casos podem complicar e precisam de uma avaliação do otorrinolaringologista. Os principais sinais de alerta são a vermelhidão atrás da orelha, inchaço e febre contínua, mesmo com uso de antibióticos. Alguns casos de complicação necessitam de internamento hospitalar e realização de procedimento cirúrgico”, informa.
O pico de incidência da otite média ocorre entre 6 e 18 meses de vida. Conforme a criança cresce, as otites vão se tornando mais infrequentes, apesar de haver novo pico de incidência entre os 4 e 5 anos de idade. Após o surgimento dos dentes definitivos a taxa de otite média cai drasticamente. Adultos também podem ter otite média, mas é algo pouco comum.
Além da idade, outros fatores de risco para otite são:
Ausência de aleitamento materno.
Beber na mamadeira, principalmente na posição deitada.
Fumo passivo (pais que fumam perto da criança).
Frequentar creches e infantários.
História familiar de otite média.
Situação de carência econômica.
Inverno.
Infecções respiratórias de repetição.
Refluxo gastroesofágico.
Síndrome de Down.